WWAT - Fiquei sem voz, mas valeu a pena

Fotografia da minha autoria

Até posso vir a ser apedrejada na praça pública por isto, mas, sinceramente, eu não me importo porque neste momento só quero imortalizar isto de alguma forma.

Ontem foi o concerto dos One Direction, no Estádio do Dragão, e eu estive lá a marcar presença. Apesar de esta ser uma banda muito teenager e com milhares de pessoas a não simpatizarem com nada com a mesma, eu sou fã deles desde o tempo em que ainda eram apenas cinco rapazes a tentar chegar mais além no X Factor britânico. Nos últimos anos, esses cinco rapazes cresceram de uma maneira incrível e hoje movem multidões de fãs massivamente: tornaram-se um fenómeno teenager. Não vou ser hipócrita e dizer que sou a maior apoiante do grupo porque a verdade é que também não entendo essa fixação louca que muitas raparigas têm por eles, mas gosto do trabalho que eles têm feito, da energia deles e das músicas que animam qualquer um. Por estas razões e outras, há uns meses atrás decidi que ontem marcaria presença no Porto para os ver a atuar e só posso dizer que valeu a pena, cada segundo.

Fui com mais três amigas e chegámos ao Porto às 15h, altura em que as filas já eram enormes e em que, pelo que nos foi dito, muitas meninas já tinham desmaiado com o calor (algo horrível, mas que é da responsabilidade dos pais, não culpem a banda por isso como já vi muitos a fazerem). Após confirmarmos os números das nossas portas de entrada nos bilhetes, posicionamo-nos na fila, a aguardar. A fila foi andando, embora lentamente e, passado uma hora e meia, estávamos junto à entrada... errada. A verdade é que em termos de organização e segurança para a entrada no Estádio, deixou muito a desejar. Assim, depois de ir pedir informações a dois seguranças, lá descobrimos as nossas portas e dirigimo-nos para lá entrando em menos de dez minutos para as bancadas. Eram 17h e, muito honestamente, eu esperava ver o Estádio mais cheio do que estava. No entanto, uma das iniciativas do concerto estava já a ser posta em prática: a Bandeira Nacional feita com balões. Cada parte do estádio tinha uma das três cores da nossa bandeira nacional e o tempo até às 18h foi passado entre ondas humanas e gritos. Às 18h, hora para que estava marcado o início, fomos bombardeados com uma série de videoclips seguidos de diferentes artistas/bandas que decorreram na seguinte hora. 

Os DAMA só apareceram às 19h, mas, ao contrário do que muitas pessoas pensavam, na minha opinião, fizeram com que valesse a pena. Nunca os tinha visto a atuar, mas gostei da energia deles em palco e da interação que tiveram com o público. Cantaram a tão famosa Balada do Desajeitado, a sua primeira música de sucesso (Popless), Luísa, e ainda Re-Tratamento dos Da Weasel, entre outras. Quase no fim, responderam a um apelo das fãs tocando a música Torn, dos 1D, deixando todo o público ao rubro. Despediram-se com entusiasmo e, depois de nos agradecerem, abandonaram o palco.

Quando toda a gente pensava que se seguiriam de imediato os One Direction, fomos mais uma vez presenteados com uma hora de videoclips, aumentando ainda mais a nossa ansiedade. Nesta altura, eu já estava um bocadinho cansada de esperar e esperar e esperar, e já nem a bandeira humana de balões tinha tanta piada, nem mesmo as ondas humanas que continuavam a correr as bancadas.

O concerto propriamente dito começou por volta das 21.15h e teve início com a apresentação da banda, que estava simplesmente genial. Mal que apareceram os cinco nos cinco painéis do palco, a gritaria incontrolada fez-se ouvir e toda a gente delirou. A apresentação mostrava a banda a viajar pelo mundo, numa alusão a esta tour e, assim que chegou ao fim, eles irromperam pelo palco dentro a cantar a música que dá nome ao mais recente álbum, Midnight Memories. Seguiram-se Little Black Dress, Kiss You, Why Don't We Go There,  Rock Me, Don't Forget Where You Belong (altura em que centenas de bandeiras nacionais foram erguidas na plateia), C'amon C'amon, Right Now, Little Things (a eterna, Little Things), Moments, Strong, Through The Dark, Better Than Words, Alive, Diana, What Makes You Beautiful, You & I (a minha preferida), The Story Of My Life, Little White Lies e a terminar com The Best Song Ever, que levou o espetáculo ao expoente máximo.

Ao longo de todo o concerto as surpresas no Estádio foram mais do que muitas, desde fogo de artifício, a fitas coloridas atiradas no meio do relvado durante a música Happily e até um mini palco elevado a imitar um autocarro londrino na música One Thing.
Uma das coisas que mais gostei no concerto foi a altura em que os vocalistas apresentaram a banda por detrás deles e estes começaram a tocar Viva La Vida, dos Coldplay, momento ao qual se juntaram os cinco rapazes para dar voz à canção, juntando assim uma banda de que gosto, a uma banda que venero.

Tenho a destacar a atitude da banda, não só entre eles, mas também a interação com o público. Não só se fartaram de nos agradecer o nosso apoio, como se ajudaram uns aos outros quando, infelizmente, o Liam Payne torceu o pé durante o espetáculo. Já outro membro da banda, o Niall, surpreendeu-me imenso com o seu lado mais ativo e alegre durante todo o tempo, disse que era fã do povo português e até nos informou dos resultados do jogo da final do Mundial de Futebol! 

Harry Styles durante o concerto

No que me diz respeito, podem criticá-los à vontade, mas eles fizeram a minha noite valer a pena e o dinheiro que gastei no bilhete, gastaria outra vez, sem pensar muito nisso. Podem não ser a melhor banda do mundo, é certo, mas são um grupo de rapazes que se divertem genuinamente em palco e que deliciam aqueles que, gostando das suas músicas, os apoiam cá em baixo no público. 

Eu gostei, gostei mesmo muito e não duvido que nos tenham ouvido bem longe do estádio, tal o volume dos gritos da plateia, mas quando cheguei ao hotel, duas horas depois do fim do concerto, cheguei feliz e animada. Perdi a voz, mas valeu a pena. Deixei-a ficar naquele local cheio agora de boas lembranças e isso é ótimo.

E quem me dera poder reviver tudo isto.